terça-feira, 27 de abril de 2010

entre a roda e o asfalto

eu já tenho muitos amigos que não sentem tesão por mim
já basta
de querer seu sexo
é assim que tem dois ou três poemas
nascendo e mudando na minha cabeça
e tudo mistura

eu devia estar entre a
já chega lê em meu texto
em minha pele
eu devia estar

eu tenho excesso de ela
assim é que eu separo cabelo de abraço
quis ficar entre
embaixo de um ônibus aquele ônibus
assim leu e eu, tive excesso
separei de repetido isso palavras
convenientes que voltaram
de viver esses toques
em poesia de corpo
e muro gigante

7 comentários:

  1. tivesse Álvaro de Campos lido seu blog, não teria escrito o "Poema em linha reta".
    Arre, estou farta, eu tbm, de semideuses! por isso gostei d+ do seus escritos.

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  2. alguém lhe disse que excesso é tudo!
    e eu li seus excessos pausadamente
    com meus olhos de leitor atento
    imaginando a ligação do que você vê
    com brilho e segredo nos olhos;
    vejo seus textos como marés nas praias
    desaguando ondas sem cansaço
    após oceanos navegados
    separando conchas de rochas
    como quem separa cabelo de abraço.

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  3. começo a dessentir pena de mim. de fato, todo o castelo que fiz como moradia perfeita começa a ruir sem habitante que lhe cuide. O asfalto é para os que não aguentam sentir tudo, e antes que a volta termine, saltam e perdem a melhor parte: vitória nossa.

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  4. também cansei de semideuses, há muito:

    http://cardeo.blogspot.com/2009/05/muito-se-engana-se-voce-deixa-seus.html

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  5. entre a roda e o asfalto há outro mundo..

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  6. Obrigado! Mas...apresente-se, de onde és?

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