quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

destruída esperava: quieta, calada, parada
no banco que não tinha fronteiras
todos os textos decorados na pele
ensaiava dentro
sair de si

segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

sou mensageira do vento
da areia e do vento
peste em pé a ponto de destroçar
sou dente-de-leão, destaco

sou personagem e atuo, ajo laboro poesia
fronte e fruto
lóbulo macio e ativo
vejo esqueço passo
não há caminho por si sem passar
não seriam tão simples os fluxos

sou a deslanchar
desatar os nós, deixar de vê-los como raízes
sou a amar, na distância, sem segredo celebro
sou dito a tempo
na pressa de partir
à urgência de ser