quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

I Um segundo momento indistindo

invento um novo você para mim
e aparece um poema substantivo vazio mais-profundo
tudo assunto inacabado

também o livro que emprestei eu o mesmo livro

amarrados gafanhotos
cigarras enterras o ano inteiro
como o vislumbre de uma vida de um dia
não rio da graça do seu riso
almofadas para as joaninhas e bichos de goiaba
comia toda
sem bicho sem grilo
sem roupa sem biquini sua forma

3 comentários:

  1. é só abrir o olho, em vez de abrir meu corpo e (pesarosamente)ficar acreditando que vê algo indistinto de eu. falar no franco, esquecer que tu és fraco como frango. se você me olhar sem querer encontrar em mim poemas, temas e teimas, será meu como eu quis ser seu, sem muito esforço e invenções mirabolantes. só aquela crueza gratuita que nos aproximou e afastou. meu riso é raso como minha pele no osso. meu riso cansa e plana, roça no teu ego. e me vale as oferendas dos versos que nina faz. valeu assim mesmo!

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